Di Cavalcanti & Associados | Consultoria Empresarial Di Cavalcanti & Associados | Consultoria Empresarial
BANCO DO NORDESTE anuncia linha para micros e grandes empresas a juros anuais de 6% a 14%

Imprensa


30/06/2004

BANCO DO NORDESTE anuncia linha para micros e grandes empresas a juros anuais de 6% a 14%

Setor está com crédito aberto no NE

Um negócio doce como o açúcar. Assim pode ser definida a nova política de financiamento para o setor sucroalcooleiro nordestino anunciada pelo Banco do Nordeste, BN. De acordo com o superintendente regional para os estados de Pernambuco e Paraíba, Sérgio Maia, não existe um limite de crédito para que os produtores tomem os empréstimos. “Os recursos são originários do FNE – Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste. As taxas são fixas e os juros variam de 6% a 14% ao ano, entre as menores do Brasil Pode-se até conseguir dinheiro mais barato no exterior, mas o risco cambial termina por não compensar este procedimento”.

De acordo com o próprio Banco do Nordeste, o setor sucroalcooleiro somente teve linhas de crédito disponibilizadas para a produção de aguardente ou derivados como a rapadura. O financiamento que passa a ser disponibilizado agora é voltado para micros e grandes produtores que poderão utilizar os recursos para o custeio da cultura ou para a aquisição de máquinas e equipamentos, além de melhoramento tecnológico da produção. No caso dos recursos serem utilizados para custeio, o tempo de maturação é baseado no período da cultura canavieira acrescidos de três meses de comercialização. Os juros de custeio variam de 6% a 14% ao ano.

“Para usinas e indústrias de setor, o período de financiamento pode chegar a até 12 anos, com quatro de carência”, lembra o executivo. Um outro atrativo está no chamado bônus de adimplência para parcelas reembolsadas no vencimento (25% para projetos localizados no semi-árido e 15% para as demais regiões nordestinas). Os juros anuais para investimentos se situam entre 8,75% e 14%.

Segundo o Banco do Nordeste, a instituição financia até 70% dos recursos no caso de grandes investimentos, 80% para médios e 90% para pequenos empreendimentos. No caso dos produtores/fornecedores rurais estes índices são, respectivamente, 80%, 90% e até 100%. “O Banco do Nordeste é uma instituição de fomento. O objetivo é introduzir melhoras competitivas no setor sucroalcooleiro da Região. Todas as agências foram orientadas a procurarem os produtores, em especial os pequenos, que têm maiores dificuldades de acesso à informação, para mostrar que existe uma alternativa boa e viável para o financiamento da agroindústria canavieira”. Afirma Maia.

 

BNB abriu leque de opções, diz consultor

Consultor há 11 anos, com forte presença junto ao setor sucroalcooleiro, Ricardo Di Cavalcanti, diretor da Di Cavalcanti & Associados Consultoria Empresarial Ltda., entende que o Banco do Nordeste abriu um leque de opções favoráveis para que as unidades consigam financiamentos. Veja a entrevista:

Jornal Cana – Quais mudanças aconteceram junto ao sistema de financiamento e seus impactos para o setor sucroalcooleiro?

Di Cavalcanti – Desde 1o de março o BNDES não permite mais o financiamento para o plantio de cana ou investimento industrial para o setor através do BNDES Automático. Isto significa que as usinas e destilarias que precisem ou desejem pegar financiamento para plantar cana têm que primeiro passar por consulta prévia no BNDES. Já o Banco do Nordeste reestudou o setor e abriu-lhe a oportunidade de melhorar os tratos culturais, aumentar a produtividade, introduzir novas variedades, adotar ou intensificar o uso de novas tecnologias, ampliar a fertirrigação, aumentar o plantio nas áreas de várzeas através da drenagem e otimizar os ganhos nas indústrias, inclusive na logística. Além disso, os recursos podem ser utilizados para a aquisição de novos equipamentos e modernização de frota, entre outras opções. Uma outra vantagem está nos juros praticados pela instituição financeira. A vantagem é do FNE. A taxa de juros é fixa por até 12 anos, sem nenhum outro índice como a TJLP, por exemplo. A taxa máxima é de 14% ao ano. A taxa média anual está em torno de 10%, sem índice de correção e ainda com bônus de adimplência”.

E quanto aos riscos?

Com este programa o risco é infinitamente menor que, por exemplo, o financiamento através de ACC – Adiantamento sobre Contrato de Câmbio ou o financiamento através de tradings, aonde o prazo é de apenas uma safra. No caso do pequeno produtor a vantagem também é grande uma vez que o financiamento é casado. Um corte equivale a um ano de financiamento e os valores pagos são sempre em reais – evitando o risco cambial – com juros baixos”. (EB)

Emílio Bezerra, do Recife.

JORNAL CANA – NORDESTE

Junho / 2004

Eficácia na aprovação de crédito e de incentivos fiscais
» O efetivo diferencial da
Di Cavalcanti Consultoria Empresarial