Bancos têm recursos para marketing

As  empresas nordestinas que desejam conquistar novos mrecados ou realizar lançamento de produtos devem apostar na comunicação e no marketing. Para isso, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o BNB (Banco do Nordeste) têm crédito para bens não-físicos (intangíveis). "Tanto o BNDES quanto o BNB financiam capacitação, cursos, treinamentos, lançamentos de produto, serviços de consultoria, realização de promoções nos pontos de vendas e na divulgação da marca de um produto novo. Todos esses investimentos intangíveis podem ser cerca de 30% de um empreendimento", explicou o consultor da Di Cavalcanti & Associados, Ricardo Di Cavalcanti. 

A taxa de juros ofercida pelo BNDES é de 4% ao ano, além da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), e pelo BNB, em média, 8% ao ano. A diferença é que o primeiro tem um prazo de financiamento de até cinco anos, enquanto que o BNB, até dez anos para a amortização. "É uma taxa muito atrativa, mas ainda falta conhecimento dos empresários do Nordste. Enquanto isso, no Sul e no Sudeste, os empresários estão fazendo projetos completos (tangíveis e intangíveis) para conseguir o financiamento, além do capital de giro associado", disse Ricardo Di Cavalcanti. Os bancos analisam os projetos entre 60 dias a 90 dias.

Entretanto, poucos empresários recorrem aos bancos oficiais para solicitar esse tipo de linha de financiamento, junto com os outros investimentos tangíveis. A maioria das empresas sabe que os bancos de desenvolvimento financiam ativos tangíveis - construção civil, máquinas e equipamentos. Porém, pouca gente conhece a liberação de recursos para projeto de investimento associado com inversões na área de estratégia de comunicação e marketing, segundo análise do consultor Ricardo Di Cavalcanti.

Devido à falta de informação, os investidores acabam desembolsando recursos essenciais para investir em ações de marketing e comunicação e inúmeros outros serviços, quando poderiam garantir um maior capital de giro para empresa, conforme apontou Di Cavalcanti.

FOLHA DE PERNAMBUCO

Economia

Kele Gualberto