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BNB vai financiar matéria-prima

Imprensa


12/03/2004

BNB vai financiar matéria-prima

Indústrias e agroindústrias terão R$ 760 mi com juros de 1,38% e 1,52% ao mês

O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) vai financiar matéria-prima e insumos para indústrias e agroindústrias de todos os portes localizadas na Região. A linha, lançada ontem no Recife pelo diretor de Gestão de Desenvolvimento do BNB, Pedro Eugênio Cabral, e pelo superintendente regional para Pernambuco e Paraíba, João Nilton Castro Martins, utilizará R$ 760 milhões dos R$ 3 bilhões reservados para o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). O orçamento para Pernambuco é de R$ 110 milhões. Batizado de FNE Insumos, o empréstimo tem juros unificados de 1,38% ao mês para micro e pequenas empresas e 1,52% ao mês para as demais. Os valores são válidos para contratos firmados em março.

De acordo com Pedro Eugênio, os limites máximos de financiamento são de R$ 60 mil para microempresas, R$ 120 mil para pequenas, R$ 240 mil para médias e o dobro para grandes. “O programa é inovador e esperamos poder ajudar as empresas nordestinas a conseguir superar as adversidades financeiras com a linha. O valor para as grandes empresas pode até ser considerado insuficiente, mas isso foi proposital porque a maior parte dos recursos do FNE deve ir para financiamento da produção. Caso emprestássemos mais para as grandes, acabaríamos com o dinheiro em um só mês”, argumentou.

Segundo as regras do programa, empreendimentos localizados no Semi-árido terão direito a bônus por adimplência de 25%. Fora dessa região, o valor cai para 15%. O prazo para quitação do empréstimo é de até seis meses, sem carência. O superintendente regional do banco explicou que os financiamentos serão concedidos com base na análise cadastral, levando em conta faturamento e custo. Os interessado deverão procurar a unidades do BNB ou ligar grátis para o 0800 783030.

Segundo o diretor de Gestão do Desenvolvimento do BNB, por enquanto, o crédito não está disponível para o comércio, serviços e setor sucroalcooleiro. “Desde janeiro há um grupo de trabalho do Ministério da Integração e do banco analisando a operação para álcool e açúcar. Até o fim deste mês ou início de abril, quando começa a safra e a necessidade é imediata, deveremos ter definido pontos como limite, zoneamento e patamar tecnológico para podermos liberar”, disse.

A apresentação do programa FNE Insumos foi realizada na Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) e contou com a presença do secretário de Produção Rural, Gabriel Maciel, representando o governador, empresários e executivos das empresas mais importantes da região, ávidas por programas que estimulem a produção industrial. O grupo João Santos, as empresas Olho D’Água e Koblitz, o grupo EQM, representantes das indústrias têxteis, farmacêutica, química, metalúrgica, consultores de empresas cadastrados no BNB, a exemplo de Ricardo Di Cavalcanti, participaram do debate.

 

Instituição espera liberar R$ 3 bilhões

Dos R$ 4,5 bilhões disponíveis para empréstimos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), o diretor de Gestão do Desenvolvimento do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Pedro Eugênio Cabral, espera liberar pelo menos R$ 3 bilhões este ano. “Devemos colocar as 174 agências sob uma pressão salutar e compatível com a demanda. Mas, se as Parcerias Público Privadas (PPP) que estão sendo desenhadas pelo Governo Federal puderem financiar grandes projetos em áreas estratégicas, como setor elétrico, gás e agricultura, poderemos emprestar a totalidade. Basta termos três projetos, levando-se em conta que o limite é de R$ 300 milhões, para emprestar quase R$ 1 bilhão”, detalhou.

Além de apresentar a meta para o FNE, Pedro Eugênio disse que o segundo maior orçamento da instituição financeira é para o Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf), com R$ 559 milhões. A terceira posição do ranking é para o programa de microcrédito (Crediamigo), que terá R$ 477 milhões, seguido dos R$ 250 milhões destinados para a área comercial. Para o Estado, essas linhas terão R$ 289 milhões (FNE), R$ 61 milhões (Pronaf), R$ 43 milhões (Crediamigo) e R$ 46 milhões (área comercial).

“Pernambuco tem condições de chegar em R$ 300 milhões de FNE”, afirmou o diretor. No ano passado, as contratações feitas no Estado chegaram a R$ 79,4 milhões, um crescimento de 512% em relação a 2002 (R$ 12,9 milhões). 

 

FOLHA DE PERNAMBUCO - ECONOMIA

 

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