Capital de giro no BNDES

Acredite: O BNDES também tem dinheiro para emprestar para capital de giro de micro, pequenas e médias indústrias. E a taxa é interessante: TJLP (que está hoje em 9,75% ao ano) + 5,5 %, negociável. O problema é que como o BNDES só opera com bancos repassadores, o cliente tem que ir ao seu banco e forçar a operação da linha de crédito – de longe, muito mais barata que desconto de duplicata ou cheque empresarial garantido.

Mas se o cliente pressionar, dá para sair. Como o BNDES não fixou limites, existe uma montanha de dinheiro para esse fim nos grandes bancos sem limite de encaixe. O problema é convencer o gerente da conta que ela existe. Depois, negociar para que pelo menos uma parte da linha de crédito da instituição privada – operada com recursos captados no mercado – seja substituída pelo Programa de Apoio Fortalecimento da Capacidade de Geração de Emprego e Renda (Progeren). O objetivo é aumentar a produção, o emprego e renda, com capital de giro para as micro, pequenas e médias indústrias.

Como é um programa dirigido, é preciso saber logo se a atividade da empresa está relacionada no município-sede, o que exige uma consulta na Internet, na página do BNDES http://www.bndes.gov.br/programas/industriais/progeren.asp. Mas dinheiro tem, e muito.

Linha de crédito seleciona setor por município

A linha de crédito do BNDES existe desde o começo do ano, mas, naturalmente, os bancos privados resistem. É importante saber que o BNDES elegeu cadeias industriais para quem o dinheiro será liberado. Recife teve 60 atividades contempladas. O código da atividade (CNAE) está inscrito no documento da Receita Federal que contém o CNPJ.

Cadeia produtiva

Segundo o consultor Ricardo Di Cavalcanti, Recife tem aprovação para os ramos de confecções, edições e impressões, produtos fármacos e medicamentos, material de uso médico, inseticidas, móveis, colchões, manutenção de máquinas de escritório e informática, desenvolvimento de software e produtos de informática.

Taxa e carência

O programa do BNDES permite o crédito com prazo de 24 meses, com 12 de carência e sem a necessidade de uso de duplicatas ou cheques pré-datados. Ele poderá assegurar a operação com máquinas e equipamentos, penhor mercantil, hipoteca de matéria e produtos acabados, equipamento e até móveis e utensílios.

Jornal do Commercio - JC Negócios