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Capital de giro para a crise

Imprensa


11/04/2009

Capital de giro para a crise

No meio da crise geral de dinheiro para capital de giro que assusta as empresas e trava o negócio, o BNDES está tentando azeitar uma linha de crédito criada no final de 2008 com o objetivo de oxigenar o fluxo de caixa e conferindo crédito em prazos de até 36 meses, com 12 de carência, de forma a que a empresa possa atravessar pelo menos o primeiro ano da crise, focando suas energias mais no seu mercado do que nas contas vencidas.

O problema é que o BNDES não conseguiu tornar a linha conhecida entre as pequenas e médias empresas (justamente as que têm mais necessidades no presente), e a maioria sequer foi informada de sua existência e das condições especiais. Lançada no mês de dezembro, a linha já reformulada para facilitar o acesso ampliando-se o prazo de pagamento das parcelas para três anos, o que a transformou numa ferramenta de grande atratividade nesses tempos bicudos.

Segundo o chefe do Departamento de Financiamento a Projetos de Investimento do BNDES, que gerencia o Programa Especial de Crédito (PEC), Guilherme Gandra, a instituição que já tinha melhorado as condições de apoio para a aquisição de bens de capital da linha Finame, por exemplo, ampliou o alcance do PEC destinado a capital de giro, elevando o teto de R$ 50 milhões para o financiamento direto automático, e reduziu as taxas de 12,7% ao ano. Isso fez crescer o interesse pelo programa de forma que dos R$ 6 bilhões inicialmente previstos na carteira, já existem pelo menos R$ 5,6 bilhões em propostas.

 

» Nordeste participa pouco

Embora seja uma linha que está destinada a empresas de qualquer tamanho, o PEC, até o começo do mês, contratou apenas 21 das 326 operações iniciadas. O Nordeste participou com 18 das propostas, oito delas feitas por grandes empresas, num total de R$ 13,1 milhões dos R$ 18,6 milhões aprovadas. Apenas uma microempresa, uma pequena, além de oito médias nordestinas, se habilitaram no programa. O PEC oferece financiamento para capital de giro para empresas dos setores de indústria, comércio e serviços.

 

» Maior agilidade

Guilherme Gandra diz que o BNDES espera maior ação de contratações através dos bancos parceiros, mas está agindo mais. O banco já recebeu diretamente mais da metade (54,5%) das propostas das empresas num valor de quase R$ 5 bilhões que estão sendo processados.

 

» Banco privado

Apesar disso, o banco aposta na capilaridade dos agentes privados para consolidar a linha de crédito. Juntos, eles receberam 77,6% das operações propostas no total de R$ 774,7 milhões, significando que poderão ajudar as empresas de pequeno e médio porte.

 

» Pernambuco

No Nordeste, o PEC já recebeu propostas de R$ 18,6 milhões, dos quais R$ 13,1 milhões concentrados em grandes e médias empresas. Apenas duas micro e pequenas empresas contrataram R$ 450 mil. No Nordeste, Pernambuco tem a melhor performance com R$ 10 milhões em pedidos.

 

»Competitiva

Segundo o consultor de negócios Ricardo Di Cavalcanti, o PEC pode ser uma ferramenta de grande utilidade no momento atual, pois assegura a empresa tranquilidade em relação aos compromissos de curto prazo, se concentrando na estratégia de negócios e ficando bem mais competitiva.

 

»Fórum sobre etanol

O presidente da Datagro, maior consultoria de negócios do setor sucroalcooleiro, fala nesta terça-feira no Iº Fórum Latino Americano sobre Biocombustíveis sobre Perspectivas do Etanol, no Teatro Beberibe. Às 9h.

 

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