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Nova Realidade Energia Eólica no Nordeste

Imprensa


25/12/2009

Nova Realidade Energia Eólica no Nordeste

Eólica com crédito de carbono

No meio de debate que se seguiu aos resultados do primeiro leilão de energia eólica do Brasil existe uma conta que muita gente ainda não fez e que ajuda a explicar porque é que de uma rajada de vento para outra, tanta gente de peso no setor elétrico entendeu de produzir energia na base do catavento. E como é que conseguiram fechar contratos que, na média, deixaram o MW em R$ 140,00, assustando gestores públicos, estarrecendo fornecedores de equipamentos e surpreendendo até mesmo o Governo Federal. 

É que em todos os projetos foram incluídos fatores que passam a quilômetros de um turbina eólica e tem a ver com real valorizado, incentivos fiscais em nível federal, estadual e municipal (inclusive isenção de IPI), baixo custo de capital, longo prazo para os financiamentos (BNDES e BNB, Finame a 4,5% ao ano, com 10 anos de amortização), FNE Verde, com 20 anos para amortização e crédito carbono. 

É isso mesmo: credito carbono. O que pouca gente sabe é que para cada 3 MW/hora gerados num parque eólico no Nordeste, além dos benefícios fiscais, há uma redução de 1,18 toneladas de CO². Isso corresponde a 1,18 créditos de carbono por hora a um preço de aproximadamente 12,5. Ou seja: para cada 3 MW gerado por hora, haverá uma receita de 14,75 complementar à receita de venda da energia para o setor elétrico, o que pode perfeitamente compensar os preços praticados no leilão.

 

» RN vê preço baixo mais apoia setor 

O secretário extraordinário de Energia e Assuntos Internacionais do Rio Grande do Norte, Jean-Paul Terra Prates, confessa que achou o preço baixo. “Temo pela viabilidade de alguns projetos”, admite. “Mas faremos todo o possível para ajudar os projetos do RN. Não acredito que os preços tenham sido baixos só pela oferta de equipamentos baratos. Acho mesmo é que, na primeira parte do leilão, o Governo espremeu mesmo o preço-teto, assustando muitos participantes e deixando apenas aqueles com coragem de arriscar mais. Por expectativa de retorno mais baixo (estatais), ou por terem interesse estratégico em iniciar atividades no Brasil”.

 

» Impsa otimista 

O presidente da Impsa Wind no Brasil, Luis Pescarmona, acredita que o leilão foi bom para a área de equipamentos. “A indústria tem capacidade para abastecer o mercado e continuaremos investindo para ampliar a capacidade de produção na fábrica Suape”.

 

» Nova indústria 

A Impsa Wind é certamente a maior beneficiado com o leilão. Na verdade, ele ajuda a criar mercado não só para a Impsa como também para as indústrias de torres e de pás que o grupo está atraindo para Suape, viabilizando um cluster do setor em Pernambuco.

 

» Empreendedor 

O consultor Eduardo Bueno da Enerbio, cujo parceiro na área de consultor de incentivos fiscais é Ricardo Di Cavalcanti, da Di Cavalcanti & Associados, diz que o leilão foi uma aposta dos empreendedores para que tenha-se a consolidação desta energia na matriz energética.

 

» Balizamento 

Ele vai mais longe nas suas expectativas da eólica no Nordeste, dizendo que os preços foram bem abaixo da expectativa e haverá reflexo em todo o mercado de energia. Até nas usinas hidrelétricas, PCHs e térmicas, puxando os preços para baixo nos próximos leilões.

 

Negócios para mais geradores 

Como no leilão, a potência total vendida foi de 1.875 MW e é isto que deve ser instalado, os fabricantes deverão se preparar em termos de qualidade e custos para concorrer no fornecimento de um pacote de equipamentos.

 

Impsa vai agregar inovação 

Luis Pescarmona, da Impsa, crê em um crescimento das indústrias de equipamentos eólicos com ganhos associados à inovação tecnológica. “Os players vão procurar a melhor opção e estamos prontos para fornece-la”, diz.

 

» Pré-sal e eólica 

Jean-Paul Prates, do RN, adverte que seu estado trabalhou para captar o maior número de projetos no leilão. “Desde 2008, quando fizemos novos levantamentos, temos dito que temos um ‘pré-sal de eólica’. A região tem um dos maiores potenciais do mundo”.

 

» Novos negócios

Jean Prates quer atrair mais investidores e operadores do setor eólico mundial. “Já temos Iberdrola e Petrobras. Agora virão Furnas, Eletronorte, Bioenergy, CPFL, Dobreve, Martifer e Gestamp. E temos os projetos habilitados que ficam fora. Vamos até eles”, promete.

 

JORNAL DO COMMERCIO 

JC Negócios - Fernando Castilho

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