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Queda dos juros é comemorada

Imprensa


23/12/2006

Queda dos juros é comemorada

POLÍTICA ECONÔMICA - TJLP foi reduzida para 6,5%, a menor taxa desde 1994. Medida atinge as linhas de crédito do BNDES e do Banco do Brasil

RECIFE E RIO DE JANEIRO - A queda da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), divulgada esta semana pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), provocou um bom momento para os empréstimos bancários que financiam a produção. A TJLP caiu de 6,85% para 6,5% ao ano e é a menor desde sua criação, em 1994. O percentual vai vigorar entre os meses de janeiro e março do próximo ano. O consultor empresarial e diretor da Di Cavalcanti, Ricardo Di Cavalcanti, diz que as empresas nunca tiveram um cenário tão positivo para irem em busca do crédito.

“É a hora ideal para pegar um empréstimo. Os juros estão menores e os prazos maiores”, resume Di Cavalcanti. Ele diz que a queda na TJLP atinge as linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco do Brasil. Além disso, ele informa que o Banco do Nordeste diminuiu os juros da linha com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) por causa da concorrência. “O FNE não usa a TJLP, mas, mesmo assim, os juros anuais para os empréstimos concedidos às médias empresas caíram de 12% para 10%”, resume. Ele diz que o BNB concede descontos entre 15% e 25% nos juros para as empresas pernambucanas que pagam as parcelas do crédito em dia. O percentual de desconto varia de acordo com a localização da empresa.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, aprovou a redução da taxa, mas diz que há mais espaços para uma queda maior do juros. “Em 2006, a gente iniciou aquele movimento gradual de redução da taxa básica de juros, um sinal muito positivo da redução da TJLP, que voltou a ser reduzida. Com relação aos juros, o desafio é promover avanços na agenda dos spreads bancários”, completa.

A CNI informou, em nota divulgada esta semana, que o novo índice da TJLP está mais próximo das taxas cobradas internacionalmente. A instituição afirma que a queda no custo do capital é um dos fatores primordiais para alavancar o investimento na produção. Mas, segundo a CNI, ainda é preciso que o governo federal tome outras medidas para facilitar os investimentos na produção, como diminuir a burocracia, acabar com as incertezas que rondam o sistema judiciário do País, baixar a carga tributária de um modo geral e melhorar o trabalho das agências reguladoras.

O presidente do BNDES, Demian Fiocca, declarou que a TJLP chegou a um nível em que é desnecessário projetar novas quedas em 2007 como justificativa para atração de investimentos. “Não precisa nem especular sobre o futuro desse movimento. A taxa, se apenas mantida, já está num nível real de 2%. É realmente um nível estimulador do investimento.” Ele adiantou que, este ano, o BNDES pode não chegar aos R$ 60 bilhões previstos no fim 2005, mas chegará perto disso. O resultado será divulgado em janeiro.

 

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